Engana-se quem pensa que a leishmaniose atinge apenas cães.
Maioria dos casos registrados na Grande Florianópolis nos últimos 12 meses foi de cães, mas os gatos podem ser afetados e seus donos devem também prevenir. “Os casos de leishmaniose em gatos não são muito comentados, mas, assim como os cães, eles também estão vulneráveis à picada do mosquito”, explica o veterinário João Gustavo de Souza, da clínica Lovely Dog.
Apesar disso, os exames que comprovam a doença vêm sendo feitos após eles serem sacrificados. “Nos cães, realizamos o teste por meio do sangue, porém, nos gatos, não há como realizar o mesmo procedimento
”, diz.
Os sintomas da leishmaniose em gatos são os mesmos dos encontrados nos cães
: escamação nas orelhas e focinho, emagrecimento, queda de pelo, vômitos, apatia, febre e aumento das unhas.
Apesar de existir tratamento para a leishmaniose, não há cura. Segundo Souza, mesmo durante o tratamento, o animal pode transmitir a doença para o ser humano.
Esta “zoonose” - que significa que humanos também podem ser contagiados – é transmitida pelo mosquito palha.
SINAIS
Os sinais clínicos são geralmente na forma cutânea e não a forma visceral e são parecidos com a dos cães.
O gatos pode apresentar hepatomegalia, desidratação, vômito, diarreia, febre, inflamações como gengivite, estomatite, e dermatite, na face, nariz, patase orelhas e, ainda, apresentar descamações, nódulos e úlceras e alopecia em algumas regiões do corpo do animal.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de Leishmaniose Felina não é fácil, pois os sinais clínicos são facilmente confundidos com outra doenças que afetam normalmente o gatos como esporotricose e criptococose, porém há exames laboratoriais que confirmam a doença. Geralmente é aplicado soro.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
O tratamento para uso humano não é permitido para ser usado em animais, pois alega-se que pode criar resistência contra o parasita.
Porém os gatos podem ser tratados com outros medicamentos próprios para animais e não precisam ser eutanasiados. Existe uma vacina contra a Leishmaniose, porém ela só está disponível para cães, que são mais afetados pela doença do que os gatos.
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