O wellness coaching é uma tendência no mercado fitness. Trata-se de trabalho de consultoria direcionado para pessoas que estão insatisfeitas consigo mesmas, possibilitando a realização das mudanças desejadas na sua saúde e no seu bem-estar. Em Florianópolis, a psicóloga Juliana Daufenbach, coach em desenvolvimento pessoal da The Shore, centro de bem-estar na avenida Beiramar Norte, salienta que a abordagem ainda atrai mais empresários, estudantes e donas de casa do que atletas, mas o fundamento é o mesmo: a troca de hábitos antigos por novos, mais benéficos.
O papel do coach é ajudar a remover os bloqueios que a pessoa enfrenta para alcançar seus objetivos. Ele é um instrutor que estará ao seu lado durante o processo de transformação, passando orientações. Essa filosofia se alinha aos ensinamentos da chamada medicina de estilo de vida, idealizada pelo americano Edward Phillips, fundador e diretor do Institute of Lifestyle Medicine (ILM), da Universidade de Harvard. A especialidade entende que a adoção de hábitos mais equilibrados é mais eficaz do que tratamentos medicamentosos para determinados males, como diabetes e doenças cardiovasculares.
A psicologia é essencial nesse processo reeducação. Por exemplo, diversos distúrbios alimentares estão ligados a processos de ansiedade — uma aparente fome pode ser simplesmente uma compulsão. Mais uma vez, o coach precisará identificar o problema e intervir. “É possível notar em cada um ocorre durante a semana com a nova rotina de alimentação, exercícios e consultas. As pessoas testam mudanças e observam as melhorias. Elas experimentam na prática o benefício de uma vida saudável”, explica.
Dietas funcionam – desde as prescritas por especialistas até as mais mirabolantes.
Ao menos 41% dos pacientes avaliados não só readquiriram os quilos perdidos como ganharam mais peso após um período de dois anos. “É uma questão de perfil. Para essas pessoas, imposições e metas incompatíveis com seu estilo de vida tornam o emagrecimento insustentável”, diz a coach.
Por trás dessa dificuldade em levar uma dieta restritiva adiante, está o complexo processo de recompensa e gratificação, associado ao consumo de determinados alimentos, capazes de desencadear a produção de dopamina, substância que ativa no cérebro as áreas ligadas ao prazer. Humor e emoções têm efeito direto sobre a escolha do que se vai comer e a quantidade que será ingerida.
Aí entra o wellness coaching, suporte profissional para quem pretende lidar melhor com alimentação, rotina de exercícios físicos e manutenção de uma vida mais saudável. “Muito mais que emagrecer, ele busca a ampliação da consciência. A ideia é que a pessoa perceba o que faz bem e o que a sabota para que, com o tempo, novos hábitos sejam incorporados ao seu dia a dia de maneira natural e factível, tendo o emagrecimento como consequência”, finaliza.
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